Mãe pode transmitir câncer ao Bebê no útero, diz estudo

do UNIVERSO FEMININO



Mãe pode transmitir câncer ao Bebê no útero, afirma estudo.


Em casos raros, células cancerosas da mãe podem atravessar a placenta e "infectar" bebês saudáveis ainda no útero materno, de acordo com um novo estudo do Instituto de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha.


A pesquisa foi publicada na última edição da revista médica Proceedings of the National Academy of Sciences e prova que em pelo menos um caso, o sistema imunológico do bebê não foi capaz de evitar o contágio das células cancerosas de leucemia.


Este tipo de "infecção" é objeto de estudos médicos há mais de cem anos, e acreditava que as defesas imunes do bebê fossem capazes de destruir as células doentes que porventura atravessassem a placenta.


No entanto, existem 17 casos documentados de mães e filhos que parecem ser vítimas do mesmo cancro: leucemia ou melanoma.


O estudo recém-publicado analisa o caso de uma japonesa e de seu bebê, ambos com leucemia.


Através de sofisticadas técnicas de identificação genética, os especialistas chegaram à conclusão de que o câncer da criança foi passado pela mãe – as células tinham uma mutação genética cancerosa idêntica.


'Invisíveis'


As pesquisas também provaram que esse gene não poderia ter sido herdado da mãe, ou seja, o bebê não teria desenvolvido leucemia se tivesse crescido isolado da mãe e os cientistas debruçaram sobre os motivos pelos quais o sistema imunológico da criança não reconheceu as células cancerosas como ameaça e, por isso, não as destruiu. A resposta, segundo a pesquisa, estaria na ausência de determinado material genético nas células cancerosas que seria essencial para a identificação delas por parte do sistema imunológico da criança.


"Parece que nesse caso e, presumimos, que em outros também em que o cancro passou de mãe para filho, as células cancerosas maternas atravessaram a placenta do feto em desenvolvimento e implantaram-se com sucesso porque eram invisíveis ao sistema imunológico", afirmou o professor Mel Greaves, que coordenou a equipe de pesquisadores.


O médico salientou, no entanto, que a transferência de câncer de mãe para filho é extremamente rara e que as hipóteses de uma mãe passar a doença para o seu filho são remotas.


A pesquisa também foi financiada pela organização Pesquisa de Leucemia. Um representante do grupo, David Grant, afirmou que os resultados devem ajudar a concentrar os esforços em primeiro reforçar o sistema imunológico e depois tentar curar pacientes com este tipo de câncer.

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